terça-feira, outubro 23, 2007

Curso de tecnólogo não assegura registro como jornalista

A abertura de inscrições, pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), para um curso de Comunicação Institucional, gerou preocupações entre jornalistas, que encaminharam o caso para a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). A entidade alerta que cursos seqüenciais, ou de tecnólogos, não dão direito a registro profissional de jornalista nem de exercício de funções jornalísticas.
Com duração de dois anos, o curso traz em sua grade os módulos "Comunicação e Sociedade", "Assessoria de Imprensa", "Gestão Estratégica de Comunicação Interna" e "Gestão de Comunicação Externa". No site da Unicid consta que todos os seus cursos são reconhecidos pelo MEC.
"Vamos novamente alertar o MEC sobre os problemas que a abertura deste tipo de curso, sem os devidos esclarecimentos, pode causar", diz o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Ele resgatou a frustração de estudantes de um curso semelhante em Imperatriz, no Maranhão, tiveram. "Tentaram obter o registro de jornalista e tiveram seu pedido negado pela DRT", lembra.
Murillo considera que a abertura e divulgação de cursos de curta duração induzindo os interessados a acreditarem que poderão exercer funções privativas de jornalista constitui fraude. Segundo ele, as "promessas" de capacitação para exercer funções no mercado de trabalho são enganosas: "uma das funções consagradas como de jornalistas é a assessoria de imprensa. Por isso várias ações tramitam na Justiça em função de que muitos exercem irregularmente a atividade".
Fonte: FENAJ

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