Jornalista na luta por um salário justo

Em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac) foi discutida a pauta de reivindicações que será apresentada aos patrões. O evento definiu que a luta dos jornalistas, na Campanha Salarial de 2008, terá como meta aumento real nos salários e novas reivindicações feitas pela a categoria.
A pauta será entregue até o dia 25 de abril. Nela, além de dezenas de outras reivindicações, duas são as mais importantes: as empresas que tenha mais de cinco mulheres jornalista, se obrigam a manter creches para os seus filhos que tenham idade de zero a quatro anos. A outra tem a ver com amamentação dos filho com até seis meses de idade. Pela proposta, fica assegurado a jornalista empregada, durante a jornada de trabalho, dois descansos especiais, de 30 minutos cada, os quais poderão ser acumulados em único período de 60 minutos para que a amamentação possa ser realizada.
Para o sindicato, reposição da inflação é inegociável, uma vez que ela deve ser feita automaticamente na data base. Repor o que a inflação comeu dos salários é uma obrigação da empresa, uma vez que ela ajusta seus preços e recupera essas perdas. Portanto, é repassar aos salários, que também ficaram defasados.
Segundo o presidente do Sinjac, Marcos Vicentti, “agora é hora de unirmos cada vez mais em busca de uma luta só que é o aumento salarial. Essa é uma luta de cada um. É bom lembrar que o sindicato é de todos jornalista, não de um grupo.”
A perda salarial dos jornalistas entre o período de 1º de maio de 2007 e 30 de abril 2008, segundo os cálculos do Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC/IBGE), só será divulgado no dia 15 de maio. A previsão de inflação desse período é de quase 6%, já que maio de 2007 a março 2008, o INPC foi de 5,22%. É preciso esperar a inflação de abril/2008 para termos os percentuais que serão aplicados aos salários.
De 2005 para cá quase todas as categorias de trabalhadores no país tiveram aumento real de salários. Os jornalistas não. O que obtivemos na última negociação salarial foi à reposição da inflação. Então, está mais que na hora de também sermos tratados como classe trabalhadora brasileira e receber aumento real.