Carta que defende a profissão do jornalista por formação foi lida na abertura do Seminário de Jornalismo Empreendedor, que reuniu 170 profissionais e estudantes
RENATA BRASILEIRO
Durante a abertura do 1º Seminário de Jornalismo Empreendedor ocorrido quinta-feira, 17, a vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac), Jane Vasconcelos leu para os presentes na platéia o “Manifesto à Nação em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil”, encabeçado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
A causa, que defende a formação superior no curso de Jornalismo para que o profissional possa atuar nos veículos de comunicação e assessorias, foi notoriamente apoiada pela categoria de jornalistas acreanos, inclusive por estudantes, que totalizavam 170 presentes ao evento.
Jornalistas do interior do Estado e alguns convidados de outros lugares, como Porto Velho e Cuiabá também participaram do momento. O presidente do sindicato, Marcos Vicentti, disse que esta foi uma ótima oportunidade de envolver a categoria acreana em uma luta que deve ser de todo o Brasil e não de regiões isoladas.
De acordo com o manifesto, a sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.
A carta faz um alerta ainda para uma situação grave: o Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.
Segundo a Fenaj, a exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.
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