terça-feira, abril 21, 2009

Fenaj e Sinjac na luta pela formação superior

Val Sales
Membro da direção da Fenaj esteve no Acre estimulando os jornalistas e a sociedade pela valorização da profissão


O diretor de formação da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), José Carlos Torves, esteve no Acre nos últimos dias fortalecendo a campanha nacional em defesa da formação superior para os profissionais que atuam na área de comunicação no Brasil. Durante a estadia em Rio Branco, ele ministrou palestra na I Semana de Comunicação da Uninorte, evento realizado no período de 13 a 18 deste mês.

Na ocasião, lançou o livro “Formação Superior em Jornalismo - uma Exigência que Interessa à Sociedade”, cujo conteúdo é um apanhado dos vários artigos publicados sobre o tema no país. No fim da última semana, José Carlos esteve reunido com presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB) seccional Acre, Florindo Poesrch. Na conversa, o jornalista falou da importância da luta que a categoria vem travando em defesa da formação superior, tendo em vista que tal desvalorização, se não for combatida, poderá se espalhar para outros grupos de profissionais.

José Carlos lembrou que a partir do momento que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, julgou o mérito favorável a qualquer pessoa exercer a função de jornalista, muitos traficantes, especialmente no Rio de Janeiro, passaram a ter registro, incluindo trânsito nos vários órgãos públicos Estaduais e federais. “Temos casos de pessoas analfabetas que tiraram o registro de jornalismo”, enfatiza.

Nesse sentido, os profissionais estão mobilizados no país para ingressar com representação junto ao STF, tendo em vista que o mérito da questão será julgado novamente nos próximos trinta dias. “Temos convicção de que vamos ganhar. Isto porque é inadmissível que um profissional com um compromisso social tão grande não passe por nenhuma preparação para exercer essa mediação com a sociedade”, enfatiza.


“Não se trata de corporativismo, mas de valorização”, diz José Carlos
“Não se trata da defesa de algo corporativo que diga respeito somente a nós. Nossa profissão não repercute unicamente em nós mesmos. Ela tem uma relação social, política e econômica nesse país”, detalha o diretor de formação da Fenaj, José Carlos Torves. Para ele, a importância do trabalho exige que exista algum tipo de regra para a sua execução. “Uma das defesas usadas por quem defende a não-regulamentação e que essa formação (diploma) estaria cerceando a liberdade de expressão e isso não é verdade”, acrescenta.

De acordo com a Fenaj, o cerceamento da liberdade de expressão se dá nas relações com o proprietário do veículo e com a sociedade, sendo o proprietário quem decide o que vai ser publicado ou não no seu veículo de comunicação. “A nossa defesa não tem nada a ver com a liberdade de expressão, mas da valorização de uma categoria organizada. Não havendo o critério de formação para o exercício da profissão, passaremos a ser o maior sindicato do mundo, com 180 milhões de filiados”, assevera.

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