Os repórteres da TV Acre, Mariama Morena e Raimundo Afonso em frente ao Ministério Público fazendo uma matéria para o Jornal do Acre sobre uma séria acusação contra o Ministério Público do Acre e que provocou a suspensão da posse de quatro promotores de justiça aprovados no concurso público que arrecadou mais de R$ 200 mil em taxas, no segundo semestre de 2006. A acusação, feita por um grupo de candidatos desclassificados, foi acatada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que mandou cancelar, em liminar, a solenidade de posse prevista para acontecer nesta quinta-feira em Rio Branco.
O conselheiro Paulo Sérgio Prata rezende entendeu que a posse traria prejuízos aos demais candidatos que viram seus direitos preteridos em várias fases do concurso. O conselheiro juntou documentos comprobatórios que, segundo sua avaliação, reforçam a acusação de que o Ministério Público do Acre tentou aprovar a nomear um número de candidatos inferior á quantidade de vagas oferecidas no edital do concurso. De fato, das 20 vagas ofertadas, apenas quatro seriam preenchidas na solenidade de posse. os candidatos aprovados - um capixaba, um matogrossense do sul e um mineiro, trouxeram seus familiares para Rio Branco, mas precisarão aguardar um bom tempo antes de serem empossados.
O Conselho nacional do Ministério Público solicitou, em regime de urgência, toda a documentação do certame, para julgamento do mérito, que deve sair em 15 dias. O procurador geral em exercício, Ubirajara Albuquerque, disse que "todas as etapas do concurso foram realizadas dentro dos critérios rigorosos de transperência e lisura", mas admite que, por força de decisão superior, "tudo pode ser anulado".
Texto: Assen Neto
Foto: Sidney Torres
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